A audiência pública realizada na escola estadual do Village para discutir a revisão do Plano de Gestão da Macrozona 2 (que abrange Vale das Garças, Village, Bosque das Palmeiras e Bananal) foi marcada por protestos de ambientalistas contra a falta de informações detalhadas sobre os projetos, que pretendem ampliar a ocupação urbana e as vias de acesso na região.
Os bairros são predominantemente rurais e terão uma grande faixa de loteamentos residenciais ao lado da Rodovia Ademar Pereira de Barros (Campinas-Mogi Mirim). Por outros lado pretende-se ampliar as Áreas de Proteção Permanente (APPs) nas margens do rio Atibaia, na divisa com Jaguariúna, criando 88 km2 de área natural e preservando a Mata Oncinha, 3º maior fragmento florestal em Campinas.
A reunião coordenada pelos secretários de Planejamento, Alair Roberto Godoy, e do Meio Ambiente, Paulo Sérgio Garcia, contou com a presença de apenas 25 pessoas representantes de bairros e entidades de Barão Geraldo. Foi anunciada a criação da ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico) Várzea Atibaia, a exemplo da proteção da Mata Santa Genebra, que prevê a remoção e transferência das famílias em áreas de risco do Piracambaia, Mariângela, Chácaras Leandro e Vale das Garças e a criação de um eixo de urbanização ao longo da rodovia.
O representante da Associação do Vale das Garças e do Condema,Victor Petrucci, e a vice presidente da Associação dos Moradores da Cidade Universitária (Amoc), Neusa Gonçalves, foram as vozes discordantes da proposta. Com um sonoro “não” Petrucci protestou: "Enquanto cidadão digo NÃO a esse achaque que é feito em nome dos empreendedores e da especulação imobiliária." Neusa reclamou da falta de transparência:”Porquê os planos não estão disponíveis para consulta popular,para que tenhamos base para discutir?”, questionou.
O secretário Alair explicou que os projetos estarão disponíveis ao final das audiências públicas que estão ocorrendo em toda a cidade.
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